O Ministério Público estadual, por meio do Comitê Interinstitucional de Segurança Pública de Camaçari (Cisp), e o Município de Camaçari apresentaram no dia 3 de agosto, o diagnóstico ‘Vitimização e Violências’, que integra o trabalho de elaboração do Plano Municipal de Segurança Pública. A apresentação do diagnóstico foi feita pelo conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Edson Ramos, professor da Universidade Federal do Pará e coordenador nacional dos cursos de pós-graduação dos cursos de segurança pública. Ele também coordenou o Plano em convênio com a Universidade Federal da Bahia (UFBa).
‘O Plano Municipal de Segurança Pública de Camaçari é o primeiro do estado da Bahia e um dos primeiros do Brasil. Ele é inovador, mas algumas pessoas que estão de longe não conseguem perceber a relevância disso”, destacou o promotor de Justiça Gabriel Andrade Figueiredo. Na ocasião foram apresentados os dados coletados entre os dias 7 e 11 de novembro de 2022, com alcance em 88 bairros, além do Pólo Industrial de Camaçari. A análise inclui informações de temas como caracterização da violência, cuidados com a segurança, locais seguros, vitimização e subnotificação.
De acordo com o diagnóstico, o Município de Camaçari possui a taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) acima das taxas de Salvador e da Bahia. O levantamento das taxas de CVLI foi feito de outubro de 2019 a abril de 2020, durante a pandemia da Covid-19. O mês de abril de 2020 apresentou a maior taxa de todo o período, com 10,19 vítimas de CVLI a cada 100 mil habitantes, enquanto as taxas de Salvador e da Bahia são, 4,43 e 3,49 vítimas de CVLI a cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O evento contou com a parceria da Universidade Federal da Bahia, por meio do Programa de pós-graduação em segurança pública (Progesp), da Escola de Administração. Estiveram presentes o prefeito Elinaldo Araújo; o secretário municipal de Administração André Anilton; o comandante da 12o Batalhão da Polícia Militar Dom Pedro I, o tenente coronel Roberto Melo Assunção; além de representantes da UFBa, da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).